que inverno inconstante vivemos. nos esforçamos para adaptar hábitos, mas as frutas da estação me fazem lembrar. não oblíquo nem uma fruta da estação, que dirá dessa ordem de fazer me esquecer de ti em prol do ganha pão.
os semáforos me fazem lembrar de teus olhos. ou vice-versa. não sei se te vejo pela cidade ou se me observas nas paradas dos coletivos. mesmo no inverno, fujo do lado dos bancos ensolarados para que não me reparta o rosto.
tu compreendes melhor: mesmo que o ponto final esteja próximo; deixar-se em banho solar no inverno é um afago.
tu procuras eu te encontrei.